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Mostrando postagens de julho, 2020

a bruxa e o espantalho (Que belezura!)

Costumo dizer que investir em um livro de imagem é uma excelente ideia, porque esse tipo de livro é infinito. Principalmente se o leitor for uma criança, porque a cada vez que a história for lida pela criança ou contada pra ela, a história será recebida por uma perspectiva diferente. Mais ou menos como quando relemos um livro e, após cada releitura, fazemos uma interpretação diferente dele. A bruxa e o espantalho é um livro de imagem, com capa dura, relativamente barato, traz as espetaculares ilustrações do artista mexicano Gabriel Pacheco  e que foi  publicado no Brasil pela Editora Jujuba .  As ilustrações de Gabriel Pacheco narram a história de uma bruxa que voava em “bando” com outras bruxas (Assim como as aves!) utilizando seu monociclo, enquanto as outras bruxas utilizavam suas vassouras. Mas em algum momento da viagem, essa bruxa diferentona se distrai com um passarinho, cai do seu meio de transporte diferentão e, além de ser duramente criticada, é excluída do bando

A mística feminina (Bela, recatada e do lar?!)

Não sabia muito, talvez não saiba até agora, como falar aqui no blog sobre o livro A mística feminina , escrito pela Betty Friedan e publicado, originalmente, em 1963; mesmo assim resolvi escrever porque acredito na ajuda, digamos, coletiva que esse livro pode oferecer a muitas mulheres (E, por que não, a muitos homens?) que sentem o peso que as “funções femininas” trouxeram e trazem! Durante essa leitura me lembrei de muitas mulheres (E também de mim mesma – risos.)... Mulheres comuns, do meu círculo social, de várias classes sociais e com diferentes estados civis. Foi incrível como consegui, de certa forma, aplicar todos os temas ao dia a dia, sabe? Afinal, quem não conhece uma mulher que já teve o “problema sem nome”? Aquele peso sobre a vida que não sabe de onde vem? O vazio que nenhuma quantidade de filhos vai preencher? É sobre isso que essa publicação da editora  Rosa dos Tempos trata! [...] desde o fim da Segunda Guerra Mundial [...] Havia uma estranha discrepân

Alice viaja nas histórias (Muitas histórias!)

Acho muito importante esse movimento, que autores e editoras fazem, com as releituras de contos de fadas que foram popularizados pela Disney. Abordei um pouco sobre esse assunto no texto sobre o (maravilhoso) Lute como uma princesa e volto a fazê-lo, porque a literatura infantil e infantojuvenil, em minha opinião, precisa sair do óbvio! E sim, nosso mercado editorial/livreiro está preparado para isto, com publicações nacionais e também com publicações traduzidas. E essa minha “militância” toda foi pra começar a falar do Alice viaja nas histórias , que é uma publicação originalmente italiana, publicada no Brasil pela Editora Biruta e que, em 2019, esteve em sua 9ª reimpressão! O autor Gianni Rodari e a ilustradora Anna Laura Cantone (Ambos mundialmente premiados!) se inspiraram não só na Alice, mas também em outros personagens de fábulas e contos de fadas para produção dessa publicação tão única! O livro conta a história da personagem Alice que, entediada pela chuva,

Eu, travesti: memórias de Luísa Marilac (Que mulher!)

Não vou mentir! Eu, travesti: memórias de Luísa Marilac , não é um livro que “desce redondo”! Principalmente se você tem o mínimo de empatia com o outro e respeito pela vida. Não é um livro que “desce redondo”, mas é um livro necessário, fortalecedor e esclarecedor! Esse livro escancara a repressão sexual que mata, fere, subjuga, aprisiona e agride cada vez mais pessoas, principalmente pessoas como Luísa, que não se comportam de acordo com o gênero sexual com o qual nasceram. Sou gerada eu, filha de um rato. Luísa Marilac e sua biógrafa, Nana Queiroz , me colocaram diante de vivências sofridas, mas narradas de forma que eu sempre quisesse avançar para a próxima página. Não que me deixasse com aquele desejo mórbido, que alguns têm, por mais desgraça... De jeito nenhum! Me deixou ávida por descobrir quão forte uma travesti* pobre, principalmente, PRECISA ser para não morrer antes dos 35 anos (ou a qualquer momento).   A Luísa era quem estava em terra. Não tinha volta. E L