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Mostrando postagens de junho, 2020

Sinais trocados (O chapeuzinho e a cobrinha!)

O livro Sinais trocados dos (super) artistas premiados Leo Cunha e Gustavo Piqueira (autor e ilustrador, respectivamente), é curtinho e traz em seu miolo ferramentas que podem, facilmente, serem utilizadas no suporte do ensino de acentuação, variação e formação de palavras e, também, podem estimular a criatividade do leitor. Esse livro, que brinca com a acentuação e com a formação de palavras de forma muito original, foi impresso em caixa baixa (mas com fontes em tamanhos bem visíveis) e, segundo informação da Editora Gaivota , é indicado para leitores em processo (a partir de 7 anos) e para leitura compartilhada (para crianças a partir de 5 anos). É claro que ele pode ser utilizado por outras idades! Penso que ele pode ser utilizado, principalmente, como suporte para estudantes do EJA (Educação de Jovens e Adultos), porque é um material diferente, chamativo... Não é monótono, bobo! É um livro com histórias diferentes, contadas em versos e prosa muito divertidos, at

Quando os livros foram à guerra (E porque eles foram!)

Meu interesse por livros sobre guerra nunca foi dos maiores, mas esse título logo entrou para a minha lista de platonices literárias. Ainda bem! Já posso dizer que também gosto dos livros sobre guerra.  Resultado de uma minuciosa pesquisa da autora Molly Guptill Manning , Quando os livros foram à guerra narra a importância dos livros durante a Segunda Guerra Mundial, apesar da queima de milhares de exemplares por Adolf Hitler, na Bebelplatz * (Confesso que, quando li esse capítulo, engordei alguns quilos com o choro que engoli.). Manning narra, com riqueza de detalhes históricos, como os aliados utilizaram os livros contra a guerra. A partir do momento em que se reconheceu a promoção de uma guerra intelectual por Hitler, em meio à guerra bélica, o s EUA começaram trabalhar para vencer a Segunda Guerra Mundial, junto com seus aliados, utilizando os livros. Acreditaram que, além de treinamento pesado, o exército precisava de “recreação simples, popular e barata. Precisava

Terra das Mulheres (Maravilha!)

A edição original do livro Terra das mulheres , publicado pela primeira vez em 1915, foi fonte de inspiração para “o criador de Mulher-Maravilha e suas amazonas” e é, no mínimo, impactante. Mas o prefácio da edição brasileira, publicada pela Editora Rosa dos Tempos , me deu a impressão de que a distopia da autora inglesa, Charlotte Perkins Gilman (Que também é autora do livro Papel de parede amarelo .), não seria daquelas de tirar o fôlego, porque questiona pontos que são justificáveis, não só pela época (Antes da década de 1920.), mas também pela própria narrativa de Gilman. O fato é que me enganei e a ressaca literária me ataca até o momento em que publico este texto. [...] não existe horror absoluto, assim como não existe paraíso absoluto que satisfaça a todos, o que torna Charlotte Perkins Gilman [...], uma ficcionista de coragem ao ousar tocar em um dos temas mais difíceis que o gênero literário pode abordar: a igualdade. Meu conselho é que você não comece a l

Dado Villa-Lobos: memórias de um legionário

Como parte da introdução deste texto preciso (e quero) muito ressaltar, que a trajetória de vida do Dado é bem colocada nessa publicação . S uas experiências na infância e na adolescência são muito bem narradas por seus biógrafos! A história dele com a música, desde a herança familiar até os dias atuais, foi/é feita e contada com muito amor, dedicação e verdade! É como se a imagem que eu tinha do Dado Villa-Lobos tivesse sido ampliada depois de ter lido o livro. * O texto da apresentação do livro Dado Villa Lobos: memórias de um legionário me deu conta de como Dado (Serei íntima, ok?!) decidiu publicar o livro, e me arrancou lágrimas porque, pra mim, a admiração de um fã por um ídolo é um sentimento (quase) irrepreensível e extremamente admirável! E quando esse fã se torna um dos biógrafos de seu ídolo... ai... ai... que coisa mais linda! Através de seus biógrafos, Felipe Demier e Romulo Mattos, Dado fala com muita clareza sobre momentos musicais que não tive a oport

Queria ter ficado mais (Não! Não é sobre a (bela) "Epitáfio"!)

O livro Queria ter ficado mais é uma daquelas publicações que me encantam logo de cara, por conta do projeto gráfico. Nesse caso, isso aconteceu (também) porque ele traz todas as características básicas de um livro, digamos, tradicional, mas foi publicado em formato de cartas, dispostos em envelopes lindos e (originalmente ilustrados com aquarela, por Eva Uviedo ) .  Tudo isso com a intenção de simbolizar cartas enviadas, de longe, pelas autoras. As ilustrações são baseadas nas narrativas de cada uma delas , de forma a parecer o “caderninho delas ”, e mostram ao leitor os lugares visitados, antes mesmo do início da leitura. Esse livro, dividido em 12 capítulos não sequenciais, é um compilado de relatos sobre algumas viagens feitas pelas autoras, que foram escritos com a intenção de não serem transformados em apenas mais um livro de viagens e/ou um guia turístico convencional, mas sim, [...] que os lugares fossem se revelando, conforme avançassem as histórias , ou seja,