Com o passar dos anos, desenvolvi certa resistência para ler romances. De qualquer tipo! Sempre os achava extremamente previsíveis e parecidos.
*
Pois bem! Comecei a ler o Uma curva no tempo depois de terminar um livro pelo qual fiquei
enlouquecida, e isso não ajudou muito para que eu tivesse uma boa expectativa
pelo “pobre coitado” do romance. Mas, de certa forma, isso foi bom, porque fiquei
completamente encantada e ansiosa pelo futuro de Rachel, a personagem principal.
Vítima de um grave
acidente durante a despedida de seus amigos de escola, Rachel é salva por seu
melhor amigo, Jimmy, que vem a falecer. Depois do acidente, Rachel não
consegue vaga em alguma faculdade e seu pai é diagnosticado com câncer. (Nesses
capítulos, pensei: “Mais um Um amor para recordar!”, mas insisti com a leitura porque evito desistir de algum livro!)
O acidente não só transfigurou o rosto de Rachel, como também a deixou com fortes e recorrentes enxaquecas, sobre as quais não falou com seu pai ou com sua melhor amiga, Sarah. O casamento de Sarah foi o principal motivo de Rachel voltar à Great Bishopsford, o lugar onde tudo aconteceu, e onde não havia estado há cinco anos.
Durante o jantar de
despedida de solteira de Sarah, Rachel não bebeu muito, porque tinha tomado uma
quantidade considerável de analgésico. Depois do jantar, seu ex-namorado, Matt,
muito prestativo, a leva até o hotel e isso faz com que ela questione se Jimmy (Aquele
amigo que faleceu.) a amava ou não. Essa reflexão deixa sua enxaqueca mais forte,
tira seu sono e, sem pensar duas vezes, ela decide visitar o cemitério em que
Jimmy estava enterrado, mesmo já sendo tarde da noite. Assim que avista a
inscrição na lápide, uma dor muito intensa a arrasta, fazendo com que seus joelhos
fraquejem. Sua enxaqueca volta ainda mais forte e em questão de segundos ela
para de enxergar.
Três dias depois, quando Rachel
acorda no hospital, seu pai não estava mais com câncer, ela havia
concluído o curso de jornalismo e Jimmy estava vivo. Além disto, ela descobriu
que o motivo de sua internação foi a agressão de um assaltante que roubou seu caríssimo
anel de noivado.
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É! Talvez agora, minha
surpresa seja compreendida por você, caro leitor! Foi difícil parar de ler esse
livro sem saber o que de fato aconteceu com Rachel. O final é adorável e, mesmo
que eu tenha imaginado o desfecho ele me deixou surpresa. Fiquei encantada
com o cruzamento de linhas do tempo e com detalhes, nada enfadonhos, que Dani
Atkins, a autora, relata e também com a sensibilidade dessa história.
A capa é extremamente
fofa e tem um toque meio aveludado (A minha edição é assim!), o que me faz
querer – ainda mais – ficar fazendo carinho no livro. Foi uma leitura fluida, leve e até com certa paixão! Talvez ele seja o motivo de minha
reconciliação com os romances.
Talvez devêssemos deixar um pouco de lado essa história de gênero também quando falamos de livros e/ou os escolhemos. Porque o importante é ler e colocar nosso coração à mercê dessa montanha de sentimentos que a leitura nos desperta.
Ps¹: MUITO difícil falar
sobre esse livro sem dar spoiler ou sem praticamente “copiar” as orelhas dele.
Ps²: Ah! Ainda em tempo, não deixem de ler história sobre a Editora Arqueiro contada, bem brevemente, na página 2. É muito cute!
Ficha técnica
Título original: Fractured
Título brasileiro: Uma curva no tempo
Autor: Dani Atkins
Tradução: Raquel Zampil
Adaptação de capa: Ana Paula Daudt Brandão e Natali Nabekura
Este texto foi revisado por Lorena Almeida.
Com carinho, Cotovia Literária!
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